quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mamã, de que cor são os beijos?


"Mamã, de que cor são os beijos?" trata-se de uma deliciosa história que retrata um diálogo entre mãe e filho sobre as cores dos beijos. Uma apaixonante história que reúne os diferentes tipos de beijos com as diversas emoções/sentimentos que nos podem proporcionar.
Os beijos são das cores do arco-íris (conclusão a que chega o menino) e num beijo dado por todas elas podemos obter o mais precioso de todos, o beijo branco, o do Amor imenso e ilimitado, o do Amor que nunca acaba. Este surge da união de todas as cores do arco-íris.

Nesta minha primeira aula observada para futura avaliação de desempenho, esta história foi contada com recurso a Língua Gestual Portuguesa. As cores foram apresentadas pelos respectivos gestos. Foi um recurso que contou com a implicação do grupo em geral.
Para exemplificar a origem da cor branca utilizei um círculo/pião com as 7 cores do arco-íris que ao fazê-lo girar, fazia surgir a cor branca.







De seguida, nada como registar o que a história nos fez sentir numa pintura colectiva. Formamos grupos de 3 meninos, seguindo algumas regras. Depois de nos conseguirmos organizar em pequenos grupos (já somos crescidos e autónomos) iniciamos a nossa pintura respeitando as regras do jogo:
Cada grupo tinha como identificação uma cor (os meninos mais pequeninos tinham um cartão afixado na bata com a sua cor) e dava asas à imaginação deixando os pincéis darem vida à tela ao som de uma bonita música de fundo. Quando a música parava, a professora levantava um cartão a mostrar a cor/grupo que entraria para continuar o trabalho e assim sucessivamente.
Todos muito atentos, concentrados e ansiosos por chegar à nossa vez observamos o que começava a nascer no papel de cenário.



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A actividade também foi avaliada por nós...
Semelhante à avaliação que já estamos habituados a fazer individualmente [(pintar a carinha correspondente à nossa opinião: de verde se gostamos, de amarelo se gostamos razoavelmente ou de vermelho se não gostamos) cada um de nós recolheu uma conta da cor que cada um escolheu para avaliar...
Depois de realizada a contagem das contas referidas o resultado foi registado pelo responsável diário numa grelha...



Uma excelente forma de recorrer à arte como forma de expressão de pensamentos, ideias, emoções e sentimentos.
Uma combinação mágica de cores numa multiplicidade de opiniões sobre o resultado final:
"Parece um parque de diversões"
"Parece uma loja de doces"
"Parece um Mundo"
"Parece uma cidade do Arco-íris"
"Parece uma cidade de beijos"
"Parece uma cidade de cores"
"Parece a cidade dos brinquedos"
"Parece uma aldeia porque tem muitas casas"
"Parece um arco-íris muito colorido"
"Parece a casa do Noddy"
"Parece uma cidade nova"
"Parece uma casa igual ao arco-íris"
"Parece o Parque da Cidade"

E vocês, o que acham que parece???


Arco-íris



Hoje ouvimos a história "A Fada da Cor". Trata-se de uma história muito bonita de um Mundo cinzento que ganhou cor graças ao sonho de uma menina. Esta história inspirou-nos para construirmos o arco-íris para o nosso céu como já tinhamos pensado fazer desde a última sessão do projecto "Cientistas na Escola", na qual vimos as cores do arco-íris. Todos já sabiamos que o arco-íris nasce quando as gotas da chuva se misturam com o sol. Para fazermos então o arco-íris tivemos de fazer uma nuvem e a chuva...

O nosso céu está a ficar cada vez mais rico e bonito não acham...


Porto de Crianças

A nossa semana teve início com a 3ª sessão do nosso projecto "Cientistas na Escola".
A experiência desta sessão foi muito engraçada e todos adoramos sabem porquê?
Fizemos "Pega monstros".
Pois é, como cientistas a sério, e com medidas certas, misturamos água com cola, juntamos uma gota de corante da cor que preferíamos, colocamos novamente água para misturar bem o corante e no final juntamos uma solução de Borato de Sódio (uma espécie de pó parecido com farinha). Tivemos que mexer tudo muito bem até ficar uma massa pastosa e finalmente os nossos pega monstros ficaram prontos a serem moldados.
Com eles brincamos e demos asas à imaginação...
Como é bom aprender e fazer coisas tão giras com a Ciência...



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Desenho em perspectiva...

Depois de construído o aquário fizemos uma forma de registo diferente: desenhos o aquário em diferentes pontos, desenhando em perspectiva. Aqui trabalhamos muito a matemática, principalmente as noções espaciais.
Para concluir o tema do Mar inventámos um poema, visualizando diversas imagens e ao som de música ambiente.

O resultado foi muito rico:

"Para ver os animais do mar temos que ir à água mais funda de todas...
O mar é profundo e tem tartarugas, estrelas do mar e golfinhos...
O mar tem muitas baleias que chapinham água...
tem peixes do mar e peixes- balão...
tem conchas do mar que ficam com muitas cores com o tempo...
Os ouriços do mar também vivem lá e também as lapas.
Nós só conseguimos ver os animais do Mar quando a água está limpa.
No Mar há muitos corais...
As ondas do marpodem ser música...
Os búzios têm muitas cores.
O mar é muito bonito, tem caranguejos e tem muitos animais que temos que proteger...
Por favor não poluam o nosso Mar..."

Os Amarelinhos

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sementeira...


Criámos mais uma área na nossa sala: a Área da Natureza.

Lá vamos colocar vasos com plantas e os copos com os feijões que cada um colocou a germinar em algodão. A partir de agora cada um de nós tem que cuidar da sua semente e todas as sementes preencher uma grelha com o registo da sua evolução...

Sea Life dos Amarelinhos...

Depois da visita ao Sea Life de que tanto gostamos, fizemos o registo habitual mas também transpusemos os nossos desenhos em 3D.

Transformamos os seres marinhos que desenhos em plasticina e adivinhem o que fizemos a seguir?

Um fantástico aquário...

Nesse aquário estão expostos os nossos trabalhos em plasticina assim como algumas conchas, pedras, búzios e ouriços do mar...

Em reunião de grande grupo decidimos por maioria dos votos que o nome que daríamos ao nosso aquário seria "Sea Life dos Amarelinhos". Venham visitá-lo, está exposto à entrada da nossa escola...


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sea Life

Hoje iniciámos o 3º Período da melhor maneira:
Um fantástico dia de sol e uma visita ao Sea Life.
Lá tivemos oportunidade de ver muitos peixes, de muitas cores e formas...
Os que mais nos chamaram à atenção por serem muito diferentes foram: Peixe palhaço e peixe- pedra, peixe- leão e tantos outros...
Os tubarões fascinaram-nos, a raia com o seu nadar suave e também as lindas estrelas do Mar...
Aqui vos deixamos algumas fotografias das maravilhas do fundo do mar...

Por favor, ajudem-nos a preservar a Natureza e um dos bens mais preciosos que temos: os Oceanos.
Os animais que lá vivem precisam de águas limpas para poderem viver...
Um dia, se todos cruzarmos os braços face à poluição que nos rodeia, talvez deixem de existir muitos dos fantásticos animais marinhos que hoje tivemos oportunidade de ver...



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Hoje è Dia Internacional do Livro Infantil




Um livro espera-te. Procura-o

Era uma vez

um barquinho pequenino,

que não sabia,

não podia navegar.

Passaram uma, duas, três,

quatro, cinco, seis semanas,

e aquele barquinho,

aquele barquinho

navegou.

Antes de se aprender a ler aprende-se a brincar. E a cantar. Eu e os meninos da minha terra entoávamos esta cantiga quando ainda não sabíamos ler.

Juntávamo-nos na rua, fazendo uma roda e, ao despique com as vozes dos grilos no Verão, cantávamos uma e outra vez a impotência do barquinho que não sabia navegar.

Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.

Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.

Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.

Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».

Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada.

Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.

Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, a embarcação de Sindbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.

É por isso que… não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.

ELIACER CANSINO

Tradução: José António Gomes

Eliacer Cansino Macías (Sevilha, 1954) é professor de Filosofia numa escola de Sevilha, desde 1980, e autor de romances para jovens e adultos. Em 1997, recebeu o Prémio Lazarillo por O Mistério Velázquez, recriação da vida do anão Nicolasillo Pertusato e da sua relação com Velázquez. Em 1992, foi-lhe outorgado o Prémio Internacional Infanta Elena pelo livro Eu, Robinsón Sánchez, tendo naufragado, obra que foi também finalista do Prémio Nacional de Literatura Infantil, de Espanha. Em 2009, recebeu o Prémio Anaya de Literatura Infantil e Juvenil por Um Quarto em Babel. O lápis que encontrou o seu nome (2005). Tem muitos outros títulos editados.

A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil), Secção Portuguesa do IBBY.