Conta-me uma história.
Com estas palavras iniciam os nossos filhos um ritual de ternura que se repete cada dia, à hora de dormir. Necessidade de segurança afectiva? Marcha atrás para o tempo em que lhe dávamos mais carinho? Exigência da nossa disponibilidade a corpo inteiro? Uma certeza: os nossos filhos adoram que lhes contemos histórias.
E se não fossem os afazeres domésticos, bem teríamos de contar, de ponta a ponta, o reportório das histórias sabidas ou inventadas.
Das inventadas, fruto da nossa imaginação, em momentos passados, a coisa fia mais fino, porque ao mais pequenino desvio narrativo os nossos filhos, como contabilistas de contos alheios, conferem e corrigem: - Ai, não era assim…
Lidas, inventadas ou recontadas, as histórias que contamos aos nossos filhos são momentos ricos de comunicação.
Farão parte de sua memória afectiva e seremos nós que perduraremos na sua recordação, em imagens de ternura e saudade, mesmo para além da nossa vida.
Depois é necessário que a tradição do contar de historias não desapareça, porque, mal-grado outras formas de cultura e diversão que hoje nos entram pela casa dentro, as histórias são património cultural, universal e milenar.»
José Vaz.
2 comentários:
São, sem dúvida o alimento da criatividade.
Bom trabalho.
Luz e meninos da Brandoa
Olá.
É verdade, são momentos muito importantes porque lhes dedicamos toda a nossa atenção e criamos um ambiente de grande cumplicidade e conversas muito importantes.
E realmente não deixam escapar nenhuma falha ou alteração nas histórias.
Beijinhos,
Berta
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