terça-feira, 17 de março de 2009

- Mãe…nhiii! Pai…iii!





«- Mãe…nhiii! Pai…iii!

Conta-me uma história.

Com estas palavras iniciam os nossos filhos um ritual de ternura que se repete cada dia, à hora de dormir. Necessidade de segurança afectiva? Marcha atrás para o tempo em que lhe dávamos mais carinho? Exigência da nossa disponibilidade a corpo inteiro? Uma certeza: os nossos filhos adoram que lhes contemos histórias.

E se não fossem os afazeres domésticos, bem teríamos de contar, de ponta a ponta, o reportório das histórias sabidas ou inventadas.

Das inventadas, fruto da nossa imaginação, em momentos passados, a coisa fia mais fino, porque ao mais pequenino desvio narrativo os nossos filhos, como contabilistas de contos alheios, conferem e corrigem: - Ai, não era assim…

Lidas, inventadas ou recontadas, as histórias que contamos aos nossos filhos são momentos ricos de comunicação.

Farão parte de sua memória afectiva e seremos nós que perduraremos na sua recordação, em imagens de ternura e saudade, mesmo para além da nossa vida.

Depois é necessário que a tradição do contar de historias não desapareça, porque, mal-grado outras formas de cultura e diversão que hoje nos entram pela casa dentro, as histórias são património cultural, universal e milenar.»


José Vaz.


2 comentários:

Luz disse...

São, sem dúvida o alimento da criatividade.
Bom trabalho.
Luz e meninos da Brandoa

Berta disse...

Olá.

É verdade, são momentos muito importantes porque lhes dedicamos toda a nossa atenção e criamos um ambiente de grande cumplicidade e conversas muito importantes.

E realmente não deixam escapar nenhuma falha ou alteração nas histórias.

Beijinhos,

Berta