sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Adivinhem, Adivinhem


Acordo sempre primeiro


Sou a chefe do galinheiro

Ninguém dorme quando falo,

Tenho crista...sou o ...


Gosto de queijo e petiscos,

Meu inimigo é o gato

Ando sempre em correrias,

Meus meninos, sou o ...

Dou leite e boa carninha,

Sou forte, mas com voz fraca,

Sou pachorrenta, rumino...

adivinhem, sou a ...


Por bananas sou um louco

Só gosto de macacadas

Digam todos, não se enganem!

Sou um .....mais nada!



Explorar o carácter lúdico da linguagem, inventar sons, descobrir rimas, brincar com lengas-lengas, travalinguas e adivinhas, são meios de desenvolver as competências metalinguístas fundamentais para a aprendizagem da leitura e da escrita.

E foi isso que fizemos...Perguntem aos vossos filhos

3 comentários:

As Pequenas Flores Azuis disse...

Será que eu posso tentar adivinhar?
Talvez seja melhor ser a Inês, que chegou agora aqui e tem quase a vossa idade:

o galo?
o rato dentolas?
a vaquinha leiteira?
e o macaco.

Agora só falta vocês confirmarem as respostas.

Beijinhos e boas brincadeiras no fim de semana

Sala Amarela do JI Vasco da Gama disse...

Ola Inês,


Acertaste em cheio....
Parabens

Um beijinho

Unknown disse...

Uma história engraçada que recebi do contador de histórias. Deixo cópia da mesma:

A menina que se enfeitava demais



Os pais de Aree davam-lhe tudo o que ela queria. Cumulavam-na de presentes.
— Aree, estas argolas de oiro haveriam de ficar tão bem nas tuas orelhas delicadas. Temos de tas comprar!
— Aree, aquela pulseira de prata havia de ficar tão bem no teu braço fino. Temos de ta comprar!
— Aree, aquele anel de rubis havia de ficar tão bem no teu dedo elegante. Temos de to comprar!
Sempre que viam um corte de seda especialmente bonito, exclamavam:
— Oh, Aree, que bem havia de ficar-te aquela cor! Temos de te comprar esta seda!
O quarto de Aree estava cheio de guarda-jóias e de arcas a abarrotar de cortes de seda. Um dia, Aree ouviu falar de um baile na aldeia que ficava para lá das montanhas.
— Eis uma excelente oportunidade para exibir as minhas roupas requintadas! Mas, que cor hei-de usar? Cor-de-rosa, fúcsia, escarlate? Azul celeste ou verde-claro? Talvez violeta… ou púrpura… ou magenta.
Talvez amarelo-torrado… ou verde-esmeralda. Penso que vou usar cor-de-rosa.
Vestiu um vestido cor-de-rosa brilhante. Mas havia um outro vestido, cor de esmeralda.
— Este verde é tão elegante! Talvez possa usar os dois!
Vestiu o verde por cima do rosa.
— Assim, posso exibir dois dos meus vestidos de seda! Só que este fúcsia é o mais alegre de todos. Penso que o vou usar também.
Pôs o fúcsia por cima do verde e começou a voltear.
— Vou ser a rapariga mais bonita do baile!
Mas não se ficou por ali.
— Este amarelo-torrado é especialmente bonito. E vejam só este azul brilhante…Ninguém tem sedas tão caras como as minhas. Já agora, porque não usá-las todas? A azul clara…a violeta…esta púrpura com fios de oiro puro. Se usar todos os meus vestidos, vou ser, de certeza, a rapariga mais bonita do baile.
A vaidosa Aree vestiu tudo o que tinha no armário. Como as roupas eram pesadas, ficou sem conseguir mexer-se.
— São um pouco pesadas, mas vejam só! Sou a rapariga mais bela do baile!
E a escolha continuou:
— E que pulseira usar? A de ouro? Sim. A de prata? Claro. A de jade? É a minha favorita. E os anéis? O de rubis? O de safiras? O de esmeraldas? O de pérolas? O de opalas? Todos eles, sem dúvida alguma!
Aree pôs todas as jóias que possuía. As amigas chegaram pouco tempo depois.
— Aree! Pareces…
Nem sabiam o que dizer. Aree saiu de casa aos tropeções, carregada de sedas, anéis, pulseiras e brincos. Mal podia andar. Mas sentia-se orgulhosa.
— Vejam só as minhas belas roupas. Vejam só o meu oiro e as minhas jóias. Vou de certeza ser… a rapariga mais bela do baile!
Parecia tão pateta que as amigas fizeram um esforço para não se rirem.
Partiram em direcção à aldeia. Mas Aree não conseguia acompanhá-las. Cedo começou a bufar de irritação.
— Esperem por mim! Esperem por mim! Não consigo subir a colina!
As amigas vieram ajudá-la.
— Podíamos empurrar-te pela colina acima.
— Não me empurrem porque podem amarrotar os meus vestidos!
— Podíamos puxar-te pela colina acima.
— Não me puxem porque podem sujar as minhas roupas de seda.
As raparigas decidiram deixar Aree para trás. Esta cambaleou durante algum tempo sozinha até que as chamou de novo.
— Esperem por mim! Esperem por mim! Não consigo subir a colina!
As amigas voltaram para trás.
— O que vocês têm é inveja das minhas roupas requintadas. Se fizer o que me dizem, já não serei a rapariga mais bela do baile.
Aree recusou-se a tirar fosse o que fosse. As amigas deixaram-na ficar ali e foram ao baile sozinhas.
Durante o dia todo, Aree arrastou-se pela colina acima debaixo de um sol escaldante. Chegou ao cume à noitinha. Parou, demasiado exausta para dar mais um passo, enfiada naquelas roupas pesadas.
Quando as amigas regressaram do baile, Aree ainda estava demasiado cansada para se poder mexer. Foram buscar os pais dela e, quando estes chegaram, Aree já não se sentia vaidosa.
— Pai, mãe, vesti coisas a mais! Não preciso destas roupas todas!
— Tira então alguns desses vestidos e algumas dessas jóias pesadas. Ensinámos-te a querer demasiado. Tens de aprender a contentar-te com menos.
Jóia a jóia, vestido a vestido, Aree despojou-se de todas as suas coisas. Da vez seguinte que foi a um baile, estava lindíssima no seu vestido simples.

Margaret Read MacDonald
The Girl Who Wore Too Much
Arkansas, August House, 1998
Tradução e adaptação

Lígia Rebelo Gomes (Pedro Francisco)